Dr. Tiago Castilho https://tiagocastilho.com.br/ Cirurgião especialista em Endometriose Fri, 29 Nov 2024 17:53:32 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 https://tiagocastilho.com.br/wp-content/uploads/2024/07/1cb95b5ff89f7123a8fc4563742bcb26.png Dr. Tiago Castilho https://tiagocastilho.com.br/ 32 32 Dispareunia e os impactos na vida do casal https://tiagocastilho.com.br/dispareunia-e-os-impactos-na-vida-do-casal/ Fri, 29 Nov 2024 17:32:08 +0000 https://tiagocastilho.com.br/?p=2254 De acordo com a revista brasileira de sexualidade humana, 50% das mulheres que possuem dor pélvica apresentam dor durante a relação sexual. A dispareunia, nomenclatura médica, para a dor genital durante o ato sexual é um sintoma presente em inúmeras mulheres que chegam ao meu consultório. A causa dessa dor precisa ser investigada, pois ela […]

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De acordo com a revista brasileira de sexualidade humana, 50% das mulheres que possuem dor pélvica apresentam dor durante a relação sexual. A dispareunia, nomenclatura médica, para a dor genital durante o ato sexual é um sintoma presente em inúmeras mulheres que chegam ao meu consultório. A causa dessa dor precisa ser investigada, pois ela pode estar relacionada à várias causas, entre elas, a endometriose, condição que me especializei ao longo dos anos.

No entanto, um fato curioso que percebo no dia a dia do consultório é a atitude do parceiro de minhas pacientes e é por essa razão que escrevo esse artigo. Normalmente, quando a mulher vem ao meu consultório pela queixa de infertilidade, seu parceiro está ao seu lado, porém a mulher que vem ao consultório com queixa de dor pélvica geralmente se apresenta sozinha em consulta.

Quando vemos que metade das mulheres com dor pélvica também apresentam dor na relação sexual e elas estão sozinhas em busca de tratamento, precisamos voltar nossa atenção e auxiliar o parceiro dessa mulher a compreender o que ela passa. A intimidade gerada pela relação sexual é extremamente importante para o sucesso e a realização de toda vida a dois. Quando esse momento de encontro do casal não é prazeroso para um, também se torna ruim para o outro. Ou seja, o impacto da dispareunia é sentido pelo casal e não só pela mulher.

O homem precisa compreender o que sua parceira passa, pois por mais íntimos que sejam muitas parceiras sentem-se envergonhadas em lhes explicar o que realmente sentem. Às vezes, entendem que é assim mesmo e têm que aguentar. Essas mulheres muitas vezes passam a ter medo e ansiedade só de pensar em ter uma relação com seu marido, em contrapartida, o parceiro por sua vez cobra sua esposa. Esse ciclo de afastamento do ato sexual transforma-se em afastamento emocional do casal e assim a qualidade de vida de ambos passa a ficar comprometida.

A dor durante a relação pode acontecer de muitas formas. O que, normalmente, acontece com a mulher portadora de endometriose é a sensação de incômodo se intensificar gradualmente. Pode começar com uma sensação de ardência, às vezes, algum desconforto dependendo da posição sendo, normalmente, mais intensa no período pré-menstrual. No entanto, com o passar do tempo esse incômodo pode se transformar em dor.

A dispareunia pode ser classificada em:

  • Superficial: dor na entrada da vagina, no momento da penetração.
  • Profunda: a dor sentida mais ao fundo da vagina, próximo ao útero.

A endometriose provoca dispareunia principalmente quando há lesões na vagina, nos ligamentos uterossacros (que dão suporte ao útero na pelve) e, no fundo, de saco, espaço anatômico localizado entre o útero e o reto (na porção mais inferior da cavidade peritoneal). A dor pode ser causada pela pressão direta nos nódulos de tecido endometriótico, que geralmente estão inflamados. O mecanismo de estiramento ou tração das fibras nervosas presentes nas aderências pélvicas é outra causa da dor durante a relação sexual.

Muitas mulheres relatam que durante a relação sentem como se estivessem levando facadas na barriga a cada penetração ou como se estivesse com um ralado e entrasse no mar com o machucado aberto. Algumas mulheres também relatam que após a relação sexual permanecem dores pulsantes na região pélvica. Quando essa é a sensação da mulher durante o ato sexual, é mais que natural ela querer evitá-lo. Com a vida sexual prejudicada, o casal sofre, a relação afetiva fica fragilizada e conflitos entre os parceiros tendem a aumentar.

Sentir dor não é normal. Homens e mulheres precisam da sensação de prazer gerada pelo ato sexual. Esse momento de intimidade e prazer fortalecem os laços do casal, por essa razão a busca por tratamento deve ser feita pela mulher e por seu parceiro.

Há inúmeras possibilidades de tratamento para a dispareunia. O primeiro passo é a mulher ter uma rede de apoio que compreenda sua dor (parceiro e profissionais de saúde que estejam dispostos a ajudar). Um segundo ponto é identificar a causa dessa dor. E um terceiro e contínuo passo é permanecer em busca de qualidade de vida, pois, provavelmente, muitas mudanças comportamentais precisarão ser feitas.

Meu intuito com esse artigo é conscientizar os parceiros das mulheres com dor pélvica compreenderem que a dor é real, que é difícil de ser diagnosticada e que o apoio deles é imprescindível. Quando homem e mulher compreendem que estar junto nessa busca por tratamento trará melhoria na vida de ambos, o caminho para isso acontecer fica muito mais leve, assim como ambos serão recompensados quando uma solução for encontrada.

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Os dois principais exames de imagem para a identificação de endometriose que você precisa conhecer https://tiagocastilho.com.br/os-dois-principais-exames-de-imagem-para-a-identificacao-de-endometriose-que-voce-precisa-conhecer/ Wed, 18 Sep 2024 20:33:20 +0000 https://tiagocastilho.com.br/?p=2237 O diagnóstico de endometriose é feito a partir da história clínica, o exame físico do paciente, exames de imagem e de sangue. Porém, os exames de imagens, com seus diferentes recursos tecnológicos, tornaram-se fundamentais para detecção e tratamento dessa enfermidade. O ultrassom pélvico transvaginal com preparo intestinal e a ressonância magnética com protocolos especializados são os […]

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O diagnóstico de endometriose é feito a partir da história clínica, o exame físico do paciente, exames de imagem e de sangue. Porém, os exames de imagens, com seus diferentes recursos tecnológicos, tornaram-se fundamentais para detecção e tratamento dessa enfermidade.

O ultrassom pélvico transvaginal com preparo intestinal e a ressonância magnética com protocolos especializados são os principais métodos por imagem para detecção e estadiamento da endometriose.

Os principais exames para identificação da endometriose

  1. A Ressonância Magnética da Pelve com Protocolo Especializado para Endometriose (RM) é uma ferramenta diagnóstica não invasiva essencial para a avaliação da endometriose. Por captar imagens da pelve por meio de um campo magnético, possui altíssima sensibilidade. Sua tecnologia registra imagens da região por diferentes ângulos e planos, oferecendo alta resolução de contraste e detalhamento anatômico, permitindo a visualização precisa de lesões endometrióticas, aderências e a diferenciação de estruturas como músculos, órgãos, vasos sanguíneos e lesões, facilitando diagnósticos complexos. É especialmente útil em casos de endometriose profunda infiltrativa.


    1. O Ultrassom Transvaginal com Preparo Intestinal (USS) capta imagens via ondas sonoras através do uso de transdutor com gel na via vaginal e abdominal. Nesse momento, o especialista realizará os movimentos certos para detectar qualquer foco ou lesão nas mais variadas regiões. Assim, um mapeamento pélvico é obtido, no qual a localização, tamanho e extensão das lesões podem ser identificadas pelo radiologista. O preparo intestinal é fundamental, pois fornece redução significativa do resíduo intestinal, para melhor visualização da parede destas estruturas, assim fica mais fácil localizar os focos de endometriose profundos ou infiltrativos.


    Quais as diferenças entre os dois exames?

    As principais diferenças entre esses exames é que o USS é um exame invasivo, enquanto a RM não. Mulheres virgens não podem fazer o ultrassom, por isso para elas a ressonância é a alternativa. Além disso, o USS também é um exame mais desconfortável para a mulher, pois muitas vezes utiliza-se um Doppler e manobras para verificar a mobilidade e grau de dor das lesões.


    Em ambos os exames, há dois pontos de importante avaliação. O primeiro ponto é o médico radiologista ser especializado na identificação dos focos endometrióticos ectópicos. Um bom exemplo para compreender isso é no caso da ressonância magnética que, por captar pequenos movimentos abdominais, pode apontar falso negativo quando o profissional não tiver um bom treinamento em endometriose. Um segundo ponto é realizar seu exame em um aparelho moderno que possibilitam a identificação de lesões cada vez menores. 


    Em seus laudos, o radiologista deverá contemplar em sua avaliação, o útero, a região retro e a para cervical, os ligamentos redondos e os uterossacros, o fórnice vaginal posterior, o septo retovaginal, o retossigmoide, o apêndice, o ceco, o íleo terminal, a bexiga, os ureteres, os ovários, as tubas e as paredes pélvicas ‒ que são locais mais frequentes da doença.


    Importante frisar que os exames de imagem especializados são muito eficientes na detecção e no estadiamento de lesões profundas e dos endometriomas ovarianos, mas só esporadicamente é possível visualizar lesões superficiais. Por essa razão, além de serem essencial para o diagnóstico, esses exames são importantes para prescrição de tratamentos, assim como planejamentos cirúrgicos.


    Vale ressaltar aqui que, no passado, a videolaparoscopia tinha um papel no diagnóstico da endometriose. Porém, atualmente, com o avanço dos métodos por imagem, ela é indicada, para o diagnóstico, apenas em pacientes que apresentam exames normais e falha no tratamento clínico.


    Hoje os exames de imagem são essenciais para além do diagnóstico da endometriose, pois permitem, a nós, cirurgiões detalharmos de maneira mais minuciosa o planejamento cirúrgico de cada cirurgia, com isso garantimos menor tempo cirúrgico, mais acuracidade na retirada dos implantes de endometriose e um melhor resultado à paciente.

 

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Por que se demora tanto para diagnosticar a endometriose? https://tiagocastilho.com.br/por-que-se-demora-tanto-para-diagnosticar-a-endometriose/ Fri, 19 Jul 2024 14:54:51 +0000 https://tiagocastilho.com.br/?p=1323 O diagnóstico de endometriose demora. Em 2020, um estudo realizado pela UERJ, constatou que as mulheres levam de 8 a 10 anos para serem diagnosticadas com a endometriose. E o que observamos em cima disso? Entende-se que durante todo esse período a mulher, provavelmente, já apresentava queixas, com frequência ia aos médicos, realizava inúmeros exames, […]

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O diagnóstico de endometriose demora. Em 2020, um estudo realizado pela UERJ, constatou que as mulheres levam de 8 a 10 anos para serem diagnosticadas com a endometriose. E o que observamos em cima disso?

Entende-se que durante todo esse período a mulher, provavelmente, já apresentava queixas, com frequência ia aos médicos, realizava inúmeros exames, tinha gastos diversos, além do sofrimento físico e psicológico que enfrentava.

Todo esse cenário é bastante penoso para quem o vive, por isso compreender o que pode levar a essa demora, pode auxiliar na redução do tempo de descoberta do diagnóstico. Abaixo, irei relacionar, as principais razões para essa demora.

  • O primeiro tem a ver com os sintomas. Os sintomas da endometriose podem ser muito genéricos e diversos, por essa razão podem ser confundidos com outras doenças ou sempre considerados comuns. Em um outro artigo, falarei sobre os sintomas da endometriose de forma mais detalhada.
  • O segundo está relacionado com o fato de que é “normal para a mulher sentir dor”. Culturalmente, os incômodos, os desconfortos, as cólicas que a mulher sente no período menstrual são encarados como algo que ela precisa enfrentar e não “ficar reclamando”. Porém, sentir dor não é normal, principalmente, quando essa dor nos impede de realizarmos nossas atividades rotineiras.
  • O terceiro fato ainda se relaciona com a dor, mas essa durante a relação sexual. A dor na relação, principalmente na posição de quatro apoios, é bem característica, no entanto, as mulheres ficam constrangidas ao relatar esse sintoma, muitas vezes até para seu parceiro.
  • Sobreposto a tudo isso, a identificação da doença necessita de exames de imagem muito específicos, como a ressonância pélvica laudada por um profissional especialista e o ultrassom ginecológico com doppler e preparo intestinal, os quais são caros e poucos profissionais radiologistas são especialistas em identificar essa doença. Os exames ginecológicos de rotina não detectam endometriose.

É essencial compreender que esses pontos acima descritos, pois o enfrentamento dessa doença virá na atuação em cada uma dessas questões.

Conforme dados do Governo, a endometriose atinge 10% da população feminina, entre aquelas que enfrentam infertilidade, os índices variam de 30% a 60%, e entre as mulheres que convivem com dor pélvica crônica, chega a 70%.

Ao longo do tempo as pessoas estão se informando mais e aos poucos esse cenário vai mudando, por isso sempre reforço que sentir dor não é normal.

Tanto a mulher quanto seus familiares devem compreender que se a dor impacta o dia a dia da mulher, se reduz sua qualidade de vida, se a impede de ter uma vida sexual satisfatória, se a impede de trabalhar ou estudar, é necessário ser investigado o que causa isso tudo.

Aos poucos trarei mais conteúdos para facilitar o diagnóstico, assim como a busca para o tratamento dessa doença que faz muitas mulheres sofrerem.

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O que significa ser especialista em cirurgia pélvica avançada? https://tiagocastilho.com.br/o-que-significa-ser-especialista-em-cirurgia-pelvica-avancada/ Fri, 19 Jul 2024 14:51:17 +0000 https://tiagocastilho.com.br/?p=1321 Especialista em cirurgia pélvica avançada, o que significa afinal?

Para eu poder responder a essa pergunta preciso explicar dois pontos principais: um que é a definição de cirurgia pélvica e outro que é o desenvolvimento da minha carreira como cirurgião. A pelve é a área do corpo que fica na região inferior do abdômen. As cirurgias […]

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Especialista em cirurgia pélvica avançada, o que significa afinal?

Para eu poder responder a essa pergunta preciso explicar dois pontos principais: um que é a definição de cirurgia pélvica e outro que é o desenvolvimento da minha carreira como cirurgião.

A pelve é a área do corpo que fica na região inferior do abdômen. As cirurgias pélvicas femininas são os procedimentos realizados para tratar patologias no sistema reprodutor da mulher. Normalmente, são mulheres com distúrbios ginecológicos, com problemas reprodutivos, ou complicações relacionadas a órgãos como bexiga, útero e intestinos.

A necessidade de uma cirurgia nessa área geralmente surge quando as condições como tumores, endometriose, miomas ou complicações relacionadas à reprodução existem. E nesse ponto é importante contar um pouco sobre minha formação.

Após me formar em medicina, fiz uma residência em cirurgia geral e outra em cirurgia oncológica. Além das residências, para complementar minha formação fiz mestrado e doutorado em clínica cirúrgica.

Como cirurgião geral somos treinados para o manejo cirúrgico das afecções mais diversas do organismo na totalidade. Como cirurgião oncológico meu trabalho é extinguir o tumor por meio de um procedimento cirúrgico. Durante essa formação somos treinados a fazer isso em toda parte do corpo, de cabeça e pescoço, pele, mama, abdômen e pelve.

Já durante a residência em cirurgia oncológica, as cirurgias na área pélvica feminina me interessavam mais do que as demais áreas. E com o tempo fui me especializando somente nessa área. Muitas cirurgias pélvicas femininas não ficam restritas apenas aos órgãos reprodutores femininos e é quando as cirurgias abrangem os demais órgãos da pelve que estamos falando de uma cirurgia pélvica avançada. Com a minha formação, tenho o treinamento necessário para conduzir todo o procedimento cirúrgico, seja tanto no útero, ovário, endométrio, quanto no intestino e bexiga. Hoje em meu consultório a maioria das pacientes que atendo necessitam de uma cirurgia pélvica em órgãos que vão além do sistema reprodutor.

Como cirurgião serei sempre o responsável por definir a conduta cirúrgica necessária, porém trabalho é sempre em conjunto com os demais profissionais que atendem a mesma paciente, pois somente através desse trabalho em conjunto que aumentamos a chance de cura da paciente (nos casos de câncer) e melhoramos a qualidade de vida (nos casos de pacientes com endometriose e câncer).

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5 cânceres mais comuns em mulheres no Brasil https://tiagocastilho.com.br/5-canceres-mais-comuns-em-mulheres-no-brasil/ Fri, 19 Jul 2024 14:50:10 +0000 https://tiagocastilho.com.br/?p=1319 Receber um diagnóstico de câncer pode ser um dos momentos mais difíceis na vida de uma pessoa. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os cânceres que mais atingem as brasileiras são: câncer de mama, colorretal e colo de útero. 

Além desses três principais, na região pélvica feminina, os mais frequentes são o câncer do […]

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Receber um diagnóstico de câncer pode ser um dos momentos mais difíceis na vida de uma pessoa.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os cânceres que mais atingem as brasileiras são: câncer de mama, colorretal e colo de útero. 

Além desses três principais, na região pélvica feminina, os mais frequentes são o câncer do corpo do útero e de ovário.

Quando tomei a decisão de me especializar em cirurgia oncológica e, posteriormente, na área pélvica feminina foi porque nessa área a possibilidade de cura, assim como de melhoria a qualidade de vida, é alta.

Como cirurgião oncológico, lidamos diariamente com a finitude da vida, porém ao tratar os cânceres pélvicos há uma maior probabilidade de atuarmos na restauração da vida e, além disso, na melhora da qualidade de vida da paciente.

Por essa razão, sempre que uma paciente chega ao meu consultório com alguns dos diagnósticos acima citados ou em busca dessa resposta, posso lhe assegurar que há esperança e que não é preciso se desesperar.

Cada um desses cânceres tem suas particularidades.

Os 5 cânceres que mais trato no consultório:

  • Câncer Colorretal: também conhecido como câncer de intestino. É o segundo câncer que mais atinge as mulheres no Brasil. Esse câncer abrange os tumores que se iniciam no intestino grosso, chamado cólon, e no reto (15-12cm finais do intestino, imediatamente antes do ânus). Quando detectado precocemente, costuma ser curável.
  • Câncer de Colo de Útero: O colo do útero é a porção do útero em forma de canal e conecta o útero com a vagina. O câncer do colo do útero se desenvolve a partir do crescimento anormal de células nesta região. O câncer do colo do útero (CCU), é causado pela infecção genital persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV (chamados de tipos oncogênicos). A presença do vírus e de lesões pré-cancerosas são identificadas no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame preventivo. No entanto, mesmo com a facilidade em se diagnosticar ou prevenir esse câncer ele é o 4º câncer que mais mata mulheres no Brasil.
  • Câncer do Corpo do Útero: O câncer de corpo de útero, também chamado de câncer de endométrio, é mais frequente em mulheres acima dos 60 anos e na fase pós-menopausa. É importante compreender que o útero é um órgão muscular, tem o tamanho próximo ao de uma pera e é onde o feto se desenvolve. O câncer do corpo do útero pode se iniciar em diferentes partes deste órgão. O tipo mais comum se origina no endométrio (revestimento interno do útero). O sarcoma uterino é uma forma menos comum de câncer uterino que se origina na musculatura e no tecido de sustentação do órgão.
  • Câncer de Ovário: Apesar de não ser o mais comum, o câncer de ovário é o mais grave dos tumores ginecológicos. Os ovários, direito e esquerdo, localizam-se na pelve, próximos ao útero. São responsáveis pela produção de óvulos e de hormônios femininos, como estrógeno e progesterona. Na fase inicial, esse câncer não causa sintomas específicos, por isso, normalmente, é diagnosticado em seu estágio mais avançado, por essa razão é o mais letal dos cânceres ginecológicos.
  • Câncer de Vulva: O câncer de vulva é um tumor de baixa incidência e tende a afetar mais mulheres idosas entre 60 e 70 anos. A vulva é formada pelos lábios maiores, lábios menores, clitóris, introito vaginal e glândulas de Bartholin, que ajudam a lubrificar a vagina durante o sexo. Além de raro, representando 5% dos cânceres ginecológicos, o tumor de vulva tem desenvolvimento lento, a partir de lesões pré-cancerosas que podem ser tratadas precocemente, antes que o câncer se instale.

Para um tratamento adequado, é importante também que a paciente e a família compreendam a doença e por essa razão escrevi este texto.

No entanto, essa informação é um apoio para os envolvidos, porém a consulta e a discussão do caso junto a equipe multidisciplinar que, normalmente, atua em conjunto para o melhor tratamento da paciente, é o ponto-chave para um tratamento de sucesso.

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